Mais de 1300 papagaios pelas crianças de Gaza foram plantados no relvado da Alameda D. Afonso Henriques, em Lisboa, na tarde de sábado, dia 15 de fevereiro.
Ilustrados por Catarina Sobral e com a presença da embaixadora da Palestina em Lisboa, Rawan Tarek Sulaiman, a Amnistia Internacional – Portugal e o coletivo Parents for Peace quiseram com este gesto homenagear as crianças vítimas do genocídio em Gaza.
Desde o dia 7 de outubro de 2023, mais de 13 000 crianças morreram em Gaza e 25 000 ficaram feridas.
Rawan Tarek Sulaiman sublinhou que quis estar presente para dizer aos presentes como os palestinianos estavam “gratos por esta solidariedade”. “A causa palestiniana não é apenas palestiniana, é global”, disse, completando que “não estão sozinhos, perante as atrocidades e o genocídio”.
A representante diplomática fez questão de lembrar o nome de crianças luso-palestinianas que morreram durante este conflito, para lembrar que a guerra no território “deixou a incerteza sobre o futuro e os sonhos de liberdade” das crianças sobreviventes.
“Vamos reconstruir Gaza, somos capazes de o fazer. Nascemos para continuar na Palestina”
Rawan Tarek Sulaiman
No dia em que o cessar-fogo temporário vencia uma difícil prova de fogo, Rawan Tarek Sulaiman recusou que o futuro passe por soluções que têm sido colocadas na mesa, em particular pela nova administração americana, de Donald Trump. “Vamos reconstruir Gaza, somos capazes de o fazer”. E garantiu: “Nascemos para continuar na Palestina”. Defendendo uma solução política para o território palestiniano ocupado, a embaixadora deixou um apelo para que a ocupação termine “o mais rapidamente possível”. “Assegurem-se que as nossas vozes continuarão a ser ouvidas em Portugal”, pediu.
Para a Amnistia Internacional e o coletivo Parents for Peace é preciso continuar a agir e contar a história das crianças que morreram e das que sobreviveram, mantendo os apelos para que a comunidade internacional se empenhe no apoio a um cessar-fogo permanente e na sua proteção. Só assim será possível garantir apoio psicológico a mais de um milhão de crianças para lidarem com problemas de depressão, ansiedade e pensamentos suicidas. E permitir que mais de 650 mil crianças regressem à escola.
Vigília pelo fim do genocídio
Também no sábado, à noite, em Ferreira do Zêzere, no âmbito do Encontro das Escolas Amigas dos Direitos Humanos — que reuniu cerca de 70 estudantes e docentes das escolas participantes no programa ao longo do fim-de-semana —a Amnistia Internacional promoveu uma vigília pelo fim do genocídio.
Agir Agora
