Esta petição foi encerrada.
No total foram enviadas mais de 700 assinaturas de Portugal para o presidente da Colômbia, Iván Duque, para a Procuradoria-geral na Colômbia e para o escritório regional da Amnistia Internacional nas Américas, responsável pela entrega das assinaturas recolhidas em vários países. Em breve partilharemos todos os desenvolvimentos.
Muito obrigada pela vossa ação.
Em baixo, pode recordar o apelo da Amnistia Internacional.
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Neste momento, na Colômbia, milhares de pessoas arriscam tudo por um futuro melhor. Ocupam pacificamente as ruas e marcham com receio de perder as suas vidas, de sofrerem ferimentos ou até de serem torturadas, para exigirem que o governo garanta os seus direitos à saúde e à educação. Mas a resposta das autoridades têm sido amplamente repressiva e violenta. Assine este apelo para que sejam investigadas as violações de direitos humanos e os crimes cometidos ao abrigo do Direito Internacional no âmbito da Greve Nacional.
Desde 28 de abril que, num país marcado pelas desigualdades e por um conflito armado latente, milhares de pessoas por toda a Colômbia têm corajosamente resistido à resposta repressiva do governo face aos protestos sociais relacionado com a Greve Nacional. A resposta das autoridades tem sido repressiva e violenta, sobretudo em Cali, um dos epicentros dos protestos de milhares de jovens, comunidades indígenas e outras pessoas historicamente discriminadas.
Na noite de 3 de maio, as forças de segurança invadiram Siloé (um bairro na cidade de Cali) com armas de fogo para reprimirem todas as pessoas que protestavam pacificamente. Nessa noite, pelo menos três pessoas morreram devido aos ferimentos provocados pelos disparos, contaram-se centenas de feridos e muitas detenções arbitrárias.
Mais tarde, no dia 9 de maio, a Amnistia Internacional procedeu à verificação exaustiva de provas de um ataque armado, coordenado entre agentes da polícia e civis armados, contra pessoas da comunidade indígena minga, que terminaram com ferimentos de um defensor de direitos humanos indígenas e de 10 pessoas da comunidade. Como se não bastasse, no dia 28 de maio, civis armados dispararam contra manifestantes, em conluio com os agentes da Polícia Nacional. Nesse dia, vários dos jovens manifestantes sofreram agressões e detenções às mãos de civis armados, que depois os entregaram à Polícia Nacional. Vários manifestantes denunciaram terem sido submetidos a tortura e a tratamento cruel e degradante durante esta detenção ilegal.
Desde 28 de abril, no âmbito da “Greve Nacional”, têm ocorrido protestos em massa em Cali. A cidade reúne a maior concentração de denúncias graves de repressão violenta por parte das forças de segurança e grupos civis armados contra jovens manifestantes, e as autoridades continuam a restringir o direito ao protesto pacífico até hoje. Os acontecimentos documentados não foram casos isolados ou esporádicos. Refletem o padrão de ação violenta das autoridades colombianas, que responderam às manifestações com estigmatização, criminalização, repressão policial ilegal e militarização. Desde 28 de abril, dezenas de pessoas já foram mortas ou feridas.
A cada dia que passa, mais pessoas são punidas por, simplesmente, se fazerem ouvir na Colômbia.
Assine este apelo dirigido à Procuradoria-geral (Fiscalía General de la Nación), e faça pressão para que sejam investigados todos aqueles que deram as ordens, reprimiram, torturam e detiveram de forma arbitrária quem ocupava a rua de forma pacífica.
Todas as assinaturas serão enviadas pela Amnistia Internacional.
Texto da carta a enviar
Exmo. Sr. Francisco Roberto Barbosa,
Procurador-geral,
A Amnistia Internacional acredita que as violações de direitos humanos e crimes cometidos ao abrigo do direito internacional pelas forças públicas não são eventos isolados ou esporádicos, mas refletem um padrão de ação violenta, de imposição de medo e desencorajamento ao protesto pacífico.
Em vez de ouvir as suas exigências, a resposta do governo tem passado por castigar todos os que sonham com um futuro melhor.
Apelo a que inicie investigações independentes e imparciais às violações de direitos humanos e crimes cometidos ao abrigo do Direito Internacional, no âmbito da Greve Nacional, e caso existam provas suficientes e admissíveis contra pessoas suspeitas de deterem responsabilidade criminal, que estas sejam apresentadas à justiça, num julgamento justo e perante um tribunal civil.
As investigações devem incluir todas as responsabilidades dentro da linha de comando da Força Pública, tal como a participação de civis armados com o seu consentimento e tolerância.
Melhores cumprimentos,
Contenido de la carta
Estimado Sr. Francisco Roberto Barbosa,
Fiscal General de la Nación,
Amnistía Internacional considera que las violaciones de derechos humanos y crímenes de derecho internacional cometidos por la fuerza pública no son hechos aislados o esporádicos, sino que responden a un patrón de accionar violento, infligir miedo y desincentivar la protesta pacífica.
En vez de escuchar sus reclamos, la respuesta del gobierno castiga a quienes tienen la esperanza de un futuro mejor. Le insto a que, inicie investigaciones de manera diligente, independente e imparcial sobre las violaciones de derechos humanos y crímenes de derecho internacional cometidos en el contexto del Paro Nacional y de existir pruebas suficientes y admisibles contra las personas sospechosas de responsabilidad penal, someterlas a un proceso justo ante los tribunales civiles ordinarios.
La investigación debe incluir todas las responsabilidades dentro de la línea de mando de la Fuerza Pública, así como en la participación de civiles armados con su aquiescencia y tolerancia.
Saludos cordiales,