16 Maio 2013

Nove ativistas foram presos na Guiné Equatorial por organizarem um protesto pacífico exigindo que o registo do seu partido político, anteriormente recusado pelas autoridades, seja aceite. Estas detenções são as últimas de uma série de situações semelhantes e revelam a determinação do governo em limitar a liberdade de expressão no período que antecede as eleições gerais no país, alerta a Amnistia Internacional.

Clara Nsegue Eyi e Natalia Angue Edjodjomo, fundadoras do recente Partido Democrático e da Justiça Social e coordenadoras do Movimento de Protesto Popular, fazem parte do grupo de detidos. Encontram-se presas na esquadra central da polícia de Malabo desde 13 de maio, dois dias antes do protesto que tentaram organizar para dia 15.

“As autoridades da Guiné Equatorial estão a fazer uma campanha terrível contra quem se atreve a candidatar às eleições”, refere Noel Kututwa, vice-diretor do programa da Amnistia Internacional para África. “A onda de detenções dos ativistas pró-democracia registada na última semana lança uma sombra negra sobre estas eleições”.

As detenções começaram a 8 de maio e continuaram, à medida que se aproxima a data das eleições legislativas, 26 de maio. Jerónimo Ndong, secretário-geral do partido da oposição União Popular, também foi preso pela sua participação na organização do protesto de dia 15. Membros do partido Convergência para a Democracia Social, um dos dois partidos da oposição que vão participar nas eleições, foram detidos por um breve período no início da campanha eleitoral.

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