15 Agosto 2014

Além de uma investigação rápida, completa, independente e imparcial às alegações de que a polícia atirou a matar sobre um jovem desarmado, é necessária também uma investigação ao uso excessivo de táticas pesadas para dispersar a onda de protestos que se seguiu à morte, afirmou a Amnistia Internacional. 

 
“Neste momento é necessário investigar exaustivamente, não inflamar mais a situação já incrivelmente tensa após a morte de Michael Brown.” Defende Erika Guevara Rosas, Diretora para as américas na Amnistia Internacional.
 
“Qualquer agente da policia suspeito de ter cometido atos ilegais deve ser responsabilizado através de uma investigação efetiva e, onde se aplique, de um processo judicial. “
 
“O uso excessivo da força para controlar os manifestantes é inaceitável. A polícia de Ferguson deve atuar de acordo com a constituição americana e com os padrões internacionais no que diz respeito ao uso da força e das armas de fogo. Os residentes devem ser autorizados a exercer pacificamente o seu direito à liberdade de expressão e os jornalistas não devem ser impedidos de levar a cabo o seu trabalho.”
 
Este apelo vem na sequência do uso, novamente na noite de 13 de agosto, de gás lacrimogénio e de balas de borracha por parte da polícia para dispersar uma manifestação em Ferguson, um subúrbio de St. Louis, onde a 9 de agosto foi morto um jovem afro-americano, Michael Brown, por um polícia. De acordo com relatos nos média a polícia prendeu, pelo menos, 10 pessoas e ainda 2 jornalista que estavam a cobrir os acontecimentos na noite de dia 13.
 
A secção americana da Amnistia Internacional escreveu ao Departamento da Policia do Missouri expressando profunda preocupação pelo assassinato de Michael Brown e pelo uso de gás lacrimogénio e balas de borracha na manifestação de protesto pela morte do jovem na tarde do dia 11 de agosto.
 
Os padrões internacionais para o uso da força e de armas de fogo exigem que a polícia recorra a meios não violentos antes de recorrer ao uso da força. O uso intencional da força e de armas de fogo só é permitido se for inevitável para a proteção da vida. 
 

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