As escolas do Programa Escolas Amigas dos Direitos Humanos da Amnistia Internacional reuniram-se em Ferreira do Zêzere para o seu encontro anual, de 14 a 16 de fevereiro.
Com a participação de 45 alunos e 16 docentes e técnicos de 12 escolas, o encontro procurou capacitar os participantes para colaborarem mais ativamente no programa nas suas escolas, promover o intercâmbio e a partilha, bem como explorar temas de direitos humanos. Este ano, o programa deu especial atenção à campanha para o fim do genocídio em Gaza.
“Uma coisa em que este encontro me foi útil, foi sobre a história de Gaza. Tinha pouco conhecimento sobre esse tema e nas variadas atividades que tivemos (…) aprendi mais sobre esta situação”, testemunhou um aluno participante.
Alertar para as violações de direitos humanos em Gaza e Israel, incluindo o genocídio que está em curso, foi um dos objetivos deste encontro. Para tal, promoveu-se uma sessão que procurou esclarecer a história do conflito e a escalada da violência. Houve também oportunidade de esclarecer dúvidas e receios, mas também compreender o potencial do ativismo na promoção dos direitos humanos.
Foi, aliás, com uma ação de ativismo que se procurou dar ainda mais visibilidade a esta situação. Em colaboração com a Câmara Municipal de Ferreira do Zêzere, realizou-se no sábado, 15 de fevereiro, uma vigília em frente ao edifício do município no qual se afixou um banner apelando ao fim do genocídio. Também houve espaço para homenagear as crianças de Gaza, plantando centenas de papagaios de papel no jardim, à semelhança da ação realizada no mesmo dia em Lisboa. Ferreira do Zêzere juntou-se assim ao apelo da Amnistia para pôr fim ao genocídio dos palestinianos em Gaza.
Este tema será ainda mote para o Desafio Escolas Amigas dos Direitos Humanos a realizar em abril e maio de 2025 e que será construído em conjunto com todas as escolas que integram o Programa EADH.
Outros temas preencheram o programa: direitos humanos, igualdade e uma sessão sobre a Amnistia Internacional. Estas sessões lançaram as bases para todos os participantes compreenderem melhor os princípios do Programa Escolas Amigas dos Direitos Humanos e como podem estar mais envolvidos.
Para este fim contribuíram também as partilhas do que se faz nas diferentes escolas — das atividades, das boas práticas, mas também das dificuldades que em conjunto se superam mais facilmente.
“A partilha entre escolas foi fundamental para percebermos o impacto que este programa tem, não só para nós, mas também para outras escolas e indivíduos. Foi uma ótima oportunidade para conhecer novas estratégias que nos ajudam a envolver de forma mais ativa e direta toda a comunidade escolar”, referiu uma das docentes que participou no encontro.
“Foi um excelente momento para poder conhecer outros jovens que têm interesse nestes temas, e que querem ajudar a fazer da sua casa comum um sítio melhor”
Aluno participante
Além de partilhar experiências, também se fazem amizades e constroem-se momentos marcantes. Nas palavras de um dos alunos, “(…) foi um excelente momento para poder conhecer outros jovens que têm interesse nestes temas, e que querem ajudar a fazer da sua casa comum um sítio melhor. Não serei o único — penso eu — a dizer que esta é uma experiência que ficou gravada em mim, e que me fez querer ainda mais compreender, estudar e aplicar os direitos humanos(…) Sem dúvida, foi uma das mais relevantes experiências de aprendizagem, convivência e intercâmbio que pude vivenciar!”
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