27 Agosto 2012

Outubro de 2008

A fechar 2008 houve várias boas notícias que vieram dar mais força à luta dos defensores dos direitos humanos na República Popular da China. Primeiro, soube-se que o ativista Ye Guozhu, detido desde 2004, tinha sido libertado a 15 de Outubro. O prisioneiro de consciência, alvo de vários apelos da Amnistia Internacional, tinha sido julgado em segredo e condenado a quatro anos de prisão por ter solicitado uma manifestação contra os despejos forçados que estavam a ocorrer em Pequim na preparação para os Jogos Olímpicos. A pena terminara a 26 de Julho, mas as autoridades mantinham Ye Guozhu na prisão. A libertação foi saudada por ativistas dos direitos humanos de todo o mundo.

Um segundo acontecimento marcante no final do ano foi a atribuição, pelo Parlamento Europeu (PE), do Prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento 2008 ao ativista chinês Hu Jia. O prémio foi anunciado em Outubro, tendo Hans-Gert Pöttering, Presidente do PE, afirmado: “Ao atribuir este prémio a Hu Jia, o Parlamento Europeu manifesta o seu reconhecimento firme e determinado a todos os defensores dos direitos humanos na China”. Recorde-se que Hu Jia foi acusado de “incitamento à subversão do poder do Estado” a 28 de Janeiro de 2008, tendo sido condenado a três anos e meio de prisão, que está a cumprir. É conhecido por ser um acérrimo defensor dos direitos humanos na China, tendo criticado várias vezes as forças policiais e governamentais. A China respondeu à atribuição do prémio negando o acesso a Hu Jia da sua mulher, Zeng Jinyan. Fica, no entanto, a nota positiva dada pelos Estados europeus.

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