27 Novembro 2015

O Arco da Rua Augusta, em Lisboa, enche-se de luz esta segunda-feira, 30 de novembro, às 18h30, para marcar o Dia Internacional “Cidades Pela Vida-Cidades Contra a Pena de Morte”, numa iniciativa da Amnistia Internacional e da Comunidade de Sant’Egídio, com a Câmara Municipal de Lisboa.

Este gesto simbólico de luta contra a pena capital no mundo conta com a presença em Lisboa de Curtis McCarty, norte-americano que passou quase 20 anos num corredor da morte nos Estados Unidos, até ser exonerado em 2007. No evento participam também o vereador dos Direitos Sociais da Câmara Municipal de Lisboa, João Afonso, a representante da Comunidade de Sant’Egídio em Portugal, Ana Rita Gomes, e a presidente da Direção da Amnistia Internacional Portugal, Susana C. Gaspar.

Em Portugal aderiram até agora 34 cidades: Abrantes, Alvito, Angra do Heroísmo, Barcelos, Benavente, Braga, Cascais, Castro Marim, Celorico da Beira, Chaves, Coimbra, Esposende, Estremoz, Évora, Grândola, Lages do Pico, Leiria, Lisboa, Loures, Lourosa, Moimenta da Beira, Odivelas, Ourém, Ponte de Sor, Porto de Mós, Póvoa do Varzim, Salvaterra de Magos, Setúbal, Sintra, Tomar, Viana do Castelo, Vila Franca de Xira, Viseu.

O Dia Internacional “Cidades Pela Vida-Cidades Contra a Pena de Morte” celebra-se no aniversário da primeira abolição da pena de morte no mundo, que ocorreu no Grão-Ducado da Toscana (Itália), a 30 de novembro de 1786. Tradicionalmente, esta data é assinalada com a iluminação de um monumento icónico nas cidades que aderem à iniciativa, como foi feito já em mais de 2000 cidades no mundo inteiro desde 2002.

Atualmente, e fruto de um trabalho de vários anos de ações civis e esforços diplomáticos, há 141 países abolicionistas no mundo; 57 países ainda mantêm a pena capital. Portugal aboliu a pena de morte em 1867 para crimes civis e em 1976 para crimes militares.

A Comunidade de Sant’Egídio assinala esta data reunindo atenções à volta dos esforços internacionais da organização contra a pena de morte existente em sistemas judiciais de vários países.

A Amnistia Internacional dedica as celebrações deste 30 de novembro de 2015 ao jovem Ali Al-Nimr, condenado à pena capital por alegados crimes cometidos quando era menor, e ao poeta palestiniano e prisioneiro de consciência Ashraf Fayadh, também condenado à morte na Arábia Saudita.

 

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