- Autoridades policiais impediram que os representantes da Amnistia Internacional – Portugal tocassem à campainha da Embaixada
- Atitude da Embaixada em Lisboa tem-se repetido por todo o mundo e as encomendas por correio são devolvidas
- Manahel está desaparecida à força na prisão desde o dia 15 de dezembro de 2024
A Embaixada da Arábia Saudita em Lisboa recusou-se a receber as mais de 11600 assinaturas recolhidas pela Amnistia Internacional – Portugal a exigir a libertação de Manahel al-Otaibi, uma instrutora de fitnessdetida na Arábia Saudita e condenada a 11 anos de prisão por promover os direitos das mulheres no seu país e publicar nas redes sociais selfies num centro comercial, sem usar a abaya.
Na entrega de todas as assinaturas recolhidas, as autoridades policiais impediram que os representantes da Amnistia Internacional – Portugal tocassem à campainha da Embaixada, uma vez que essa delegação não seria atendida.
Esta atitude da Embaixada da Arábia Saudita tem-se repetido por todo o mundo, com as representações diplomáticas do país a recusarem a entrega das assinaturas recolhidas em defesa da libertação de Manahel al-Otaibi e a devolverem aquelas que são entregues por correio.
A Amnistia Internacional tem apelado também às autoridades sauditas para revelarem o paradeiro de Manahel
A Amnistia Internacional tem apelado também às autoridades sauditas para revelarem o paradeiro de Manahel, desaparecida à força na prisão desde o dia 15 de dezembro de 2024. (A petição continua disponível para ser assinada por aqueles que ainda não o fizeram.)
A última chamada telefónica de Manahel al-Otaibi para a família foi em 15 de dezembro de 2024. Desde então, as repetidas tentativas da sua família para contactar as autoridades prisionais e a Comissão dos Direitos Humanos da Arábia Saudita, solicitando informações sobre Manahel, ficaram sem resposta. A recusa das autoridades em revelar o paradeiro de Manahel al-Otaibi equivale a um desaparecimento forçado, um crime ao abrigo do direito internacional.
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