A Amnistia Internacional elogiou hoje a decisão do comité do Prémio Nobel da Paz de reconhecer o trabalho de ativistas que defendem os direitos da mulher em todo o mundo.
“Este Prémio Nobel da Paz reconhece o que os ativistas do direitos humanos sabem há décadas: que a promoção da igualdade é essencial para construir sociedades justas e pacíficas em todo o mundo”, afirmou Salil Shetty, Secretário Geral da Amnistia Internacional.
“O trabalho incansável destas e de outros inúmeros ativistas aproximam-nos mais de um mundo onde as mulheres verão os seus direitos protegidos e desfrutarão de crescente influência em todos os níveis de governo.”
“Hoje não são apenas estas três líderes que estão a celebrar, mas toda a gente que lutou pelos direitos humanos e igualdade nas suas sociedades”, afirmou Salil Shetty.
“A decisão do comité Nobel deste ano irá encorajar as mulheres em todo o mundo a continuarem a lutar pelos seus direitos.”
O Comité Nobel dividiu o prémio em três partes, entre a Presidente liberiana Ellen Johnson Sirleaf, a ativista liberiana Leymah Gbowee e a ativista Iemenita Tawakkul Karman.
Johson Sirleaf é a primeira mulher a ser democraticamente eleita como Presidente de um país africano. No passado, a Amnistia Internacional considerou-a Prisioneira de Consciência, presa pela sua oposição ao governo que governava em 1985.
Gbowee mobilizou mulheres através das linhas étnicas e religiosas para ajudar a pôr fim à guerra na Libéria e assegurar a participação das mulheres nas eleições do país.
Karman é uma ativista iemenita dos direitos humanos que tem sido uma figura de liderança nos protestos de massas contra o governo em 2011.
O Prémio Nobel da Paz será concedido numa cerimónia em Oslo, dia 10 de dezembro.