2 Dezembro 2015

 

A Amnistia Internacional Portugal dá o arranque à edição de 2015 da Maratona de Cartas esta quarta-feira, 2 de dezembro, pela mão do Grupo Local19/Sintra, marcando o início do grande evento anual da organização de direitos humanos que mobiliza milhões de ativistas pelo mundo inteiro.

A Maratona de Cartas, e também a crise global de refugiados e as limitações aos direitos humanos em Angola, são os temas em foco no “1/2 palavra basta”, organizado pela Associação Renovar a Mouraria e com a participação do Grupo de Sintra da AI. A chamada é para as 19h na sede da associação (Beco do Rosendo, 8-10), em Lisboa, e a entrada é livre.

A campanha anual da Maratona de Cartas é um dos maiores eventos mundiais de ativismo e epítome do que é a Amnistia Internacional: pessoas que ajudam outras pessoas, onde quer que estas sejam; milhões que se juntam na tentativa de alcançar justiça para homens, mulheres e crianças no mundo inteiro. Todos os anos, desde 2009, e ao longo de várias semanas, a Maratona de Cartas mobiliza os ativistas a agirem em defesa de indivíduos e grupos em risco de sofrerem violações de direitos humanos.

Em Portugal foram eleitos quatro casos para a Maratona de Cartas de 2015:

Rafael Marques, jornalista e defensor dos direitos humanos em Angola, condenado injustamente por ter escrito um livro em que expõe graves violações de direitos humanos naquele país. O seu julgamento, politicamente motivado e violador do direito de liberdade de expressão, está em fase de recurso e a Amnistia Internacional insta as autoridades angolanas a respeitarem todas as garantias de julgamento justo e a retirarem as acusações contra o jornalista.

Raparigas e adolescentes no Burkina Faso são forçadas a casar precocemente e, assim, limitadas nas suas escolhas de vida e no exercício dos seus direitos sexuais e reprodutivos. Uma em cada três raparigas neste país é obrigada a casar antes de ter 18 anos, algumas até com apenas 11 anos – e de todas é esperado que tenham filhos muito cedo. A Amnistia Internacional exorta as autoridades do Burkina Faso a pararem de ignorar esta situação, proibida pela Constituição do país assim como pela lei internacional, e a porem fim as casamentos forçados e precoces.

Costas, grego e homossexual, e o seu companheiro, foram violentamente espancados duas vezes, em Atenas, devido às suas escolhas de orientação sexual. A Grécia continua a não tomar as medidas necessárias para estancar o aumento de violência motivada pelo ódio no país e trata os casais do mesmo sexo como cidadãos de segunda classe, não cumprindo as obrigações internacionais de proteção dos direitos da comunidade comunidade lésbica, gay, bissexual, transgénero e intersexual (LGBTI). A Amnistia Internacional urge as autoridades gregas a investigarem exaustivamente os crimes de ódio e a assegurarem que Costas e o companheiro recebem a compensação a que têm direito.

Yecenia Armenta foi condenada no México com base numa “confissão” extraída sob tortura brutal: suspensa pelos tornozelos de pernas para o ar, sufocada e espancada e violada. Está presa há três anos por um crime que assevera não ter cometido e as denúncias de tortura que fez continuam por ser investigadas pelas autoridades. A Amnistia Internacional defende que as autoridades mexicanas têm de retirar todas as acusações contra Yecenia Armenta, libertá-la imediata e incondicionalmente e responsabilizar judicialmente os seus torturadores.

De 2 de dezembro de 2015 até 10 de janeiro de 2016, vários eventos e ações vão dinamizar a Maratona de Cartas da Amnistia Internacional em Portugal:

  • 2 de dezembro

Grupo Local 19/Sintra: apresentação da Maratona de Cartas, debate e projeção de filme; Associação Renovar Mouraria; 19h

  • 3 de dezembro

Co-Grupo da China: sessão de direitos humanos para alunos do 12ºano, com ênfase na crise global de refugiados; Escola Secundária de Cascais; 10h-12h

  • 4 de dezembro

Grupo de Estudantes da Universidade do Algarve/Faro: conferência sobre direitos humanos integrada na Semana do Voluntariado; 14h-17h30

  • 5 de dezembro

Grupo Local 35/Coimbra: recolha de assinaturas; Choupal e Parque Verde; 10h e 15h30 respetivamente

Núcleo de Viseu: conferência do Dia Internacional do Voluntariado

  • 7 de dezembro

Núcleo de Estremoz: apresentação da Maratona de Cartas e recolha de assinaturas durante a semana de direitos humanos na comunidade escolar e no Mercado Municipal (só sábado); 9h-17h

  • 9 de dezembro

Núcleo de Viseu: ações de informação, actividades e recolha de assinaturas; Escola de Mangualde; todo o dia, de 9 a 15 de dezembro

  • 10 de dezembro

Grupo de Estudantes da Escola Secundária Santa Maria: visionamento de filmes do Festival “Mostra-me”, palestras e teatro sobre refugiados, concurso de cartas; 10h-18h

Grupo de Estudantes da Escola Secundária Filipa de Vilhena: conferência e exposição de fotografia ligada aos direitos humanos

Grupo de Estudantes do Colégio Diocesano de Nossa Senhora: worshop dos alunos e debate sobre direitos humanos

Grupo do Funchal: concerto em defesa dos casos da Matarona de Cartas, recolha de assinaturas

Grupo Local 1/Lisboa: sessões de direitos humanos e Maratona de Cartas para alunos e professores

Grupo Local 36/Chaves: debate sobre os quatro casos da Maratona de Cartas e recolha de assinaturas; 21h30

Co-Grupo da China: sessão de direitos humanos para alunos do 12ºano, com ênfase na crise global de refugiados; Escola Secundária da Amadora; 10h-12h

Núcleo de Braga: ações de formação em direitos humanos e Maratona de Cartas em escolas (10h-11h-12h-14h) e ações de rua no campus da Universidade de Braga (12h-14h) e no Braga Shopping (18h22h) 

Núcleo de Viseu: várias ações de informação, actividades e recolha de assinaturas, com ênfase em discriminação, migrantes e refugiados; Escola Azeredo Perdigão; todo o dia. Sarau pela Biblioteca do Município de Melas. A campanha da Maratona de Cartas decorre também no Agrupamento de Escolas do Sátão, no Agrupamento de Escolas de Santa Comba Dão e no Externato Dom Afonso Henriques, em Resende

Núcleo do Oeste: várias ações da Maratona de Cartas, no Agrupamento de Escolas Raul Proença (Caldas da Rainha), Agrupamento de Escolas Rafael Bordalo Pinheiro (Caldas da Rainha), Agrupamento de Escolas D. João II (Caldas da Rainha), Agrupamento de Escolas Fernão do Pó (Bombarral), Agrupamento de Escolas S. Martinho do Porto ( S. Martinho do Porto), no CENFIM de Caldas da Rainha e Torres Vedras e no Centro de Dia da Sancheira Grande com idosos

  • 11 de dezembro

Grupo de Estudantes da FCSH de Lisboa: representação de casos de prisioneiros de consciência e banca de recolha de assinaturas; intervalos escolares 10h-12h

Núcleo de Viseu: recolha de assinaturas da Maratona de cartas e moldura de direitos humanos #Eudouacara, pelo Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira, até 14 de dezembro, nas escolas. Recolha de assinaturas, entre 11 e 13 de dezembro, pelos alunos do Agrupamento de Escolas de Moimenta da Beira nos supermercados Minipreço e Intermaché

  • 12 de dezembro

Grupo Local 6/Porto: recolha de assinaturas

  • 14 de dezembro

ReAJ-Rede de Ação Jovem: recolha de assinaturas, instalação sobre o caso de casamentos precoces e forçados no Burkina Faso; Refer Rossio; 12h30-18h30

Núcleo de Viseu: recolha de assinaturas para a Maratona de Cartas na Escola Profissional de Carvalhais, em São Pedro do Sul, na Escola Profissional de Torredeita e  na Fun Languages Viseu-Escola de Línguas
  • 16 de dezembro

ReAJ-Rede de Ação Jovem: recolha de assinaturas, instalação sobre o caso de casamentos precoces e forçados no Burkina Faso; Refer Entrecampos; 12h30-18h30

 

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