19 Dezembro 2012

Por ocasião do Dia Internacional dos Migrantes, 18 de dezembro, a Amnistia Internacional denuncia a situação dos trabalhadores migrantes em Itália com o relatório “Exploited labour: Migrant workers in Italy’s agricultural sector”. 

No documento agora divulgado é chamada a atenção para a exploração e violação do direito a trabalhar em condições favoráveis de que são alvo os trabalhadores migrantes naquele país. Estes trabalhadores, na sua maioria oriundos da África Subsaariana, Norte de África e Ásia, são recrutados para empregos sazonais ou temporários de baixas qualificações, sobretudo no setor agrícola. Recebem muito abaixo do salário mínimo nacional, são alvo de reduções arbitrárias ou atrasos no pagamento dos salários e, por vezes, não chegam sequer a ser pagos. É ainda comum estarem sujeitos a longas jornadas de trabalho.

Para esta situação muito têm contribuído as políticas de imigração italianas que, para controlar o fluxo de migrantes, considera crime a imigração não autorizada. Como a autorização de residência para efeitos de trabalho exige um contrato de trabalho escrito antes da entrada dos migrantes no país, os empregadores preferem contratar os migrantes que já se encontram em Itália. Assim ficam em situação ilegal, tornando-se vulneráveis à exploração e a situações de abusos e violações dos direitos humanos.

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