23 Junho 2009

No passado dia 17 de Junho de 2009, o Conselho dos Direitos Humanos das Nações Unidas (ONU) adoptou uma resolução marcante ao reconhecer a mortalidade maternal como uma questão premente de direitos humanos. Mais de 70 países apoiaram esta resolução, liderados pela Colômbia e pela Nova Zelândia. Ao aprovar esta resolução, e de acordo com uma declaração conjunta publicada por uma coligação de organizações envolvidas, “os governos expressaram profunda preocupação relativamente às inaceitavelmente elevadas taxas de mortalidade maternal [nos países em desenvolvimento], reconheceram que se trata de uma questão de direitos humanos e comprometeram-se com o aumento dos seus esforços a nível nacional e internacional no sentido da protecção das vidas de mulheres e meninas em todo o mundo.” 

As complicações da gravidez e do parto têm sido, há décadas, uma das principais causas de doença e morte de mulheres com idades entre os 15 e os 49 anos em vários países da Ásia, África e América Latina. Mais de 1500 mulheres e meninas de todo mundo morrer todos os dias de causas relacionadas com a maternidade, cerca de 550 mil por ano. A Organização Mundial de Saúde (OMS) define mortalidade maternal como a morte de uma mulher durante a gravidez ou até 42 dias do término da gravidez, independentemente da duração e local da gestação, de qualquer causa relacionada ou agravada pela gravidez ou a sua gestão mas não de causas acidentais ou incidentes.

Artigos Relacionados