1 Fevereiro 2013

Decisão do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, favorável ao caso de dois ciganos colocados numa escola de educação especial, deve levar os governos europeus a porem fim à segregação e discriminação dos ciganos nas escolas.

“Seria de esperar que fosse impensável educar crianças em escolas especiais simplesmente por causa da sua etnia na Europa de 2013”, diz Fotis Filippou, Coordenador Regional das campanhas da Amnistia Internacional para a Europa e Ásia Central. “Mas na prática isso continua a acontecer com demasiada frequência e este é só mais um exemplo de como a educação especial é um beco sem saída para as crianças ciganas”, acrescenta.

A decisão do tribunal aponta que os homens foram “isolados dos alunos e de uma população mais vasta” e que a educação que receberam “agravou as suas dificuldades e comprometeu o seu desenvolvimento pessoal posterior em vez de os ajudar na integração em escolas normais e no desenvolvimento de ferramentas para facilitar a convivência com a maioria da população”.

A Amnistia Internacional considera que casos como este despoletam um ciclo de racismo e intolerância contra os ciganos que é prejudicial para toda a sociedade.

“Os governos europeus são avisados uma vez mais – não há mais tempo para desperdiçar; é este o momento para parar de condenar milhares de crianças ciganas a uma vida de pobreza, marginalização e exclusão”, diz Fotis Filippou.

 

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