13 Fevereiro 2013

O Tribunal de Apelos de Milão condenou dois ex-funcionários de topo dos serviços secretos e três agentes envolvidos no caso de sequestro e rendição de Abu Omar, de nacionalidade egípcia.

Abu Omar, que vivia na Itália na altura, foi raptado nas ruas de Milão em fevereiro de 2003 e transferido ilegalmente pela CIA para o Egipto onde foi mantido em segredo e alegadamente torturado. O seu sequestro foi o início de um caso de desaparecimento forçado.

“Os segredos de Estado não podem ser usados pelos governos, incluindo os seus serviços secretos, como escudo protetor para não serem responsabilizados por violações tão graves de direitos humanos”, diz Julia Hall, especialista da Amnistia Internacional em combate ao terrorismo com direitos humanos. “As violações de direitos humanos não podem ser encobertas pelas reivindicações dos governos de que a divulgação será prejudicial à segurança nacional”, acrescenta.

Os dois oficiais de topo foram condenados a 10 e 9 anos de prisão e os outros três agentes a 3 anos cada e ainda ao pagamento de uma compensação no valor de total de 1 milhão e meio de euros a Abu Omar e à sua esposa.

Artigos Relacionados