20 Março 2013

A ilha grega de Lesvos, geograficamente próxima da Turquia, é um dos principais pontos de entrada na Europa de refugiados oriundos de países instáveis, como a Síria ou o Afeganistão. Apenas esta semana, as autoridades gregas locais já resgataram os corpos de seis refugiados sírios, incluindo o de uma mulher de 17 anos grávida.

As buscas para encontrar corpos naquela zona do mediterrâneo prosseguem à medida que as famílias reportam mais pessoas como desaparecidas, algumas depois da nona tentativa de passar a fronteira da Turquia para a União Europeia a 6 de março. Muitos dos que conseguem chegar a Lesvos são detidos em esquadras policiais com poucas condições.

“As autoridades gregas devem tomar medidas urgentes para melhorar as condições de receção daqueles que chegam à costa do país e parar com as detenções dos que procuram asilo. Sírios que não trazem documentos não devem ser detidos nem deportados e os seus pedidos de asilo devem ser analisados de forma justa e eficaz”, refere John Dalhuisen, diretor do programa para a Europa e Ásia Central da Amnistia Internacional.

Neste momento, a Grécia está a restringir cada vez mais as suas fronteiras, aumentando o controlo através de medidas como a construção de uma vedação de 10 quilómetros na costa de Evros. Por esse motivo, “as pessoas estão a fazer rotas cada vez mais perigosas”, alerta John Dalhuisen, acabando muitas delas por morrer afogadas, incluindo crianças.

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