31 Julho 2013

Dois acidentes com barcos que transportavam migrantes, ocorridos a semana passada, voltaram a evidenciar os perigos que as pessoas vindas de países em conflito correm para entrar na Europa através da costa da Grécia.

Um dos barcos, que transportava 13 migrantes vindos de Bodrum (Turquia), desapareceu no mesmo dia (25 de julho) em que as autoridades costeiras da Grécia resgataram 21 migrantes que caíram de um outro barco que transportava 46 pessoas, perto da ilha Chios. Um dos migrantes resgatados estava inconsciente e acabou por perder a vida, 13 continuam desaparecidos.

“As autoridades da Turquia e da Grécia devem estar vigilantes e preparar-se para operações de busca e resgate no futuro”, sublinha Jezerca Tigani, Diretora Adjunta do Programa da Amnistia Internacional para a Europa e Ásia Central. “A triste realidade é que provavelmente veremos mais destes incidentes trágicos à medida que migrantes e requerentes de asilo fogem das dificuldades económicas e de zonas de conflito”.

Acrescenta que “as fronteiras terrestres e marítimas entre a Turquia e a Grécia são pontos-chave de entrada e que a travessia pelo Mar Egeu se tornou mais popular desde agosto, quando foi a fronteira terrestre foi reforçada com uma vedação e dois mil guardas”. Uma medida que, “como vemos, tem um preço. Desde agosto, mais de 100 pessoas, incluindo grávidas e crianças, perderam a vida neste trajeto marítimo”.

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