11 Junho 2024

 

There is No Friend’s House, de Abbas Taheri, venceu o prémio Amnistia Internacional no IndieLisboa 2024 – Festival Internacional de Cinema Independente que, este ano, decorreu de 23 de maio a 2 de junho.

 

Esta curta-metragem debruça-se nas normas e desafios da sociedade iraniana, acompanhando a história de duas grandes amigas, Mehri e Sarah, interpretadas por Hamideh Safari e Melika Pazoki. É uma obra que explora as diferenças destas duas personagens, num cenário onde a educação em Teerão se funde com as restrições sociais e os sonhos que cada uma tem.

É uma obra que explora as diferenças destas duas personagens, num cenário onde a educação em Teerão se funde com as restrições sociais e os sonhos que cada uma tem

O prémio Amnistia Internacional existe desde 2005 e o seu objetivo é distinguir filmes que levem o espetador a alargar a sua compreensão sobre determinado aspeto da dignidade humana. Nesta edição, o júri para este prémio contou com Rui Tavares Guedes, diretor da revista Visão, Hugo Sequeira, ator, e Sofia Esteves, membro da direção da Amnistia Internacional Portugal. O seu valor é de 1500€ e foi, novamente, patrocinado pela Fundação Serra Henriques.

O prémio Amnistia Internacional existe desde 2005 e o seu objetivo é distinguir filmes que levem o espetador a alargar a sua compreensão sobre determinado aspeto da dignidade humana

Na escolha de There is No Friend’s House para vencedor, os jurados sublinharam a “sensibilidade e profundidade com que aborda a situação dos direitos humanos, em particular os das mulheres, no Irão”, detalhando que “é um filme que nos seduz, enquanto espetadores, através da exposição das tensões interiores das personagens e, em seguida, nos confronta com as contradições e os medos das mesmas personagens”. Em relação ao contexto iraniano, evidenciaram a “realidade em que a suspeição e o medo estão continuamente presentes em todos os momentos da vida”, alertando que “a censura é exercida entre iguais, sem ser necessária sequer a presença explícita das autoridades”.

É um filme que nos seduz, enquanto espetadores, através da exposição das tensões interiores das personagens e, em seguida, nos confronta com as contradições e os medos das mesmas personagens

Este ano, estiveram a concurso seis longas-metragens e quatro curtas-metragens:

Longas-metragens: No Other Land (de Basel Adra, Hamdan Ballal, Rachel Szor, Yuval Abraham); Dolomite and Ash (de Toma Selivanova); Mambar Pierrette (de Rosine Mbakam); Malqueridas (de Tana Gilbert); Architecton (de Victor Kossakovsky), Pedágio (de Carolina Markowicz).

Curtas-metragens: In Praise of Slowness (de Hicham Gardaf); Jabal (de Zayd Lahham); Diary of a Sky (de Lawrence Abu Hamdan); There is No Friend’s House (de Abbas Taheri).

 

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