5 Junho 2024

 

Para assinalar o Dia Mundial do Ambiente, a 5 de junho, a Amnistia Internacional Portugal distribuiu 300 cinzeiros de bolso na zona de Santo Amaro de Oeiras. A acompanhar os cinzeiros estava um marcador em papel de sementes, com informação que remetia para duas petições de defensores ambientais em perigo.

Os marcadores lembravam que, dependendo do tipo de filtro, os cigarros podem demorar 12 anos até se decompor e que, por essa razão, os cinzeiros de bolso são uma opção sustentável e amiga do ambiente para os fumadores, procurando evitar as beatas no chão ou na areia da praia. Além disso, a Amnistia Internacional optou por um marcador com papel de sementes, que poderia, após utilização, ser plantado.

Dependendo do tipo de filtro, os cigarros podem demorar 12 anos até se decompor. Por essa razão, os cinzeiros de bolso são uma opção sustentável e amiga do ambiente para os fumadores

 

Os casos dos defensores ambientais

No Dia Mundial do Ambiente, a Amnistia Internacional aproveitou ainda para divulgar dois casos de defensores ambientais que enfrentam riscos pela sua ação: o dos defensores da Terra da Nação Indígena Wet’suwet’en, no Canadá, e o de Shahnewaz Chowdhury, no Bangladesh. Cada caso tinha um parágrafo de resumo num marcador adjunto a um cinzeiro de bolso (150 marcadores de cada).

No Canadá, os chefes da Nação Indígena Wet’suwet’en há muito que se opõem à construção de um gasoduto que irá atravessar o seu território. Para este povo, a segurança e bem-estar das suas terras ancestrais é algo a proteger a todo o custo. Apesar disso, as autoridades canadiadas avançaram com a construção de um gasoduto (Coastal GasLink) sem o consentimento livre, prévio e informado da Nação Wet’suwet’en e que tem já provocado destruição ambiental no seu território, privando-os de caçar e pescar.

No Canadá, os chefes da Nação Indígena Wet’suwet’en há muito que se opõem à construção de um gasoduto que irá atravessar o seu território. Para este povo, a segurança e bem-estar das suas terras ancestrais é algo a proteger a todo o custo

A Nação Wet’suwet’en tem o direito de decidir que formas de desenvolvimento económico ocorrem nas suas terras ancestrais, e não deve ser vigiada, assediada ou criminalizada por as procurar defender. Ainda assim, há defensores da terra que enfrentam acusações criminais e poderão ser condenados a pena de prisão. Uma das petições partilhada pede a retirada destas acusações.

Por outro lado, Shahnewaz Chowdhury é um apaixonado pela escrita e é através dela que partilha as preocupações sobre as dificuldades enfrentadas na região costeira de Banshkhali, no Bangladesh, que é muito vulnerável ao impacto das alterações climáticas. Foi precisamente por escrever as suas preocupações no Facebook – devido ao projeto de uma nova central de carvão que teria um impacto ambiental negativo para a sua população – e por incentivar as pessoas a manifestarem-se, que foi detido. Oitenta dias depois, foi libertado sob fiança, mas ainda enfrenta acusações. Esta petição divulgada pela Amnistia Internacional apela ao fim imediato de todas as acusações contra si.

Shahnewaz Chowdhury enfrenta acusações por escrever as suas preocupações ambientais no Facebook

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Respeitar os Direitos Indígenas no Território Wet’suwet’en no Canadá

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