É preciso proteger a sua liberdade. A nossa liberdade
A liberdade de dizer o que pensamos.
A liberdade de ocuparmos as ruas de forma pacífica.
A liberdade para nos manifestarmos online.
A liberdade para sermos quem somos.
A liberdade para concordar.
A liberdade para discordar.
A liberdade para agir.
Celebramos 50 anos de liberdade em Portugal, mas não nos podemos esquecer que a liberdade precisa de ser cuidada e protegida todos os dias. A nível global, o direito à liberdade de expressão e o direito à reunião e manifestação pacíficas têm enfrentado retrocessos e restrições crescentes por parte dos governos.
Os governos falam em “liberdade de expressão” de forma vã em quase todas as Constituições do mundo, mas a realidade não é assim tão livre. Por todo o mundo há pessoas que são detidas por dizer o que pensam.
O direito de pedir, receber e partilhar informação e ideias, sem medo, nem interferência ilegal, é crucial para a educação de todas as pessoas, para se desenvolverem como indivíduos, ajudarem as suas comunidades, acederem à justiça e usufruírem de todos os seus direitos.
Sabemos que é urgente apoiar as pessoas e os movimentos sociais que atuam por mudanças positivas na esfera dos direitos humanos. Por isso trabalhamos todos os dias para Proteger a Liberdade.
Ao longo da história, as manifestações têm sido uma poderosa ferramenta de mudança.
A campanha global “Protege a Liberdade” da Amnistia Internacional, sublinha como os direitos de expressão e de manifestação pacífica são fulcrais para uma sociedade aberta e justa. No entanto, tem também demonstrado como as pessoas que se manifestam continuam a ser visadas.
A nível global, assistimos a um número crescente de leis e de outras medidas que restringem o direito à manifestação e que permitem o uso indevido de força, assim como a expansão de vigilância em massa – ilegal e direcionada -, restrições ao uso da internet e censura online, abusos e estigmatização.
“É tempo de nos fazermos ouvir e lembrarmos aqueles que estão no poder, dos nossos direitos inalienáveis à manifestação e à expressão livre e de exigirmos mudança, de forma livre, coletiva e publicamente.”
Agnès Callamard, secretária-geral da Amnistia Internacional
Vários governos têm argumentado que as manifestações constituem ameaças à ordem pública e acabam por estigmatizar os manifestantes, classificando-os como “agitadores”, “desordeiros” ou mesmo “terroristas”.
Ao colocar os manifestantes sob este prisma, as autoridades justificaram abordagens de tolerância zero: introduziram e usaram leis de segurança, vagas e severas, implementaram um policiamento rigoroso e tomaram medidas preventivas para a dissuasão.
Embora os governos confiem há muito em táticas agressivas para policiar manifestações, nos últimos anos as forças de segurança aumentaram a força que utilizam.
A nível global, as armas menos letais, como bastões, spray de pimenta, gás lacrimogéneo, granadas de atordoamento, canhões de água e balas de borracha são frequentemente usadas de forma indevida por forças de segurança (há um relatório da Amnistia Internacional sobre este tipo de atuação policial aqui.).
Desde o início dos anos 2000, a Amnistia Internacional tem documentado uma tendência para a militarização das respostas estatais às manifestações, nomeadamente através do uso de forças armadas e equipamento militar. Em países como o Chile e a França, as forças de segurança com equipamento antimotim completo são regularmente apoiadas por veículos blindados, aeronaves de classe militar, drones de vigilância, armas, granadas de atordoamento e canhões de som.
Pessoas que enfrentam desigualdades e discriminação, quer com base na raça, género, orientação sexual, identidade de género, religião, idade, deficiência, ocupação, estatuto social, económico ou migratório são também as mais afetadas por restrições ao seu direito à manifestação e enfrentam riscos e repressões mais severas.
“Inúmeros manifestantes foram mortos nos últimos anos, e é também em seu nome que devemos agora erguer as nossas próprias vozes e defender o nosso direito a dizer a verdade ao poder, através de protestos nas ruas e online”
Agnès Callamard, secretária-geral da Amnistia Internacional
A Liberdade de Expressão e Manifestação é um direito humano. Parte primordial do artigo 19º da Declaração Universal dos Direitos Humanos, e com força de lei internacional no Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos.
É ainda solidificado através de um conjunto de disposições consagradas em vários tratados internacionais e regionais que, no seu conjunto, proporcionam uma proteção abrangente à liberdade de manifestação e expressão.
Outros direitos são também essenciais para permitir que as pessoas protestem pacificamente, incluindo os direitos à vida, à privacidade, à liberdade de associação, à proteção contra a tortura e outros maus-tratos ou castigos, e à proteção contra a prisão e detenção arbitrárias, por exemplo. Os direitos fundamentais podem também incluir o direito a não ser discriminado, o respeito pelos direitos laborais e outros direitos económicos, sociais e culturais.
Em Portugal e segundo o ponto 2 do artigo 45º da constituição portuguesa, que rege o direito à reunião e manifestação, “Os cidadãos têm direito de se reunir, pacificamente e sem armas, mesmo em lugares abertos ao público, sem necessidade de qualquer autorização”.
Se não conhece os seus direitos e obrigações em relação às manifestações, consulte-os aqui.
No âmbito das comemorações dos 50 anos do 25 de Abril, pedimos aos nossos membros e apoiantes o seu testemunho, histórias ou vivências em relação à data que se assinala.
De que forma a Revolução de Abril mudou as suas vidas ou influenciou aquilo que são hoje? Que histórias ouviram dos seus pais e o que é que os seus avós lhe contaram? Como olham para o 25 de Abril e qual a importância que tem?
Estas são algumas das perguntas que lhes fizemos. Descubra os seus testemunhos e conheça um pouco mais da história e da vida de quem, em conjunto, com a Amnistia Internacional tem procurado continuar a proteger a liberdade e a defender a democracia todos os dias.
Nos 50 anos do 25 de Abril, saímos à rua para apoiar e defender a liberdade de Luís Manuel, Dorgelesse Nguessan, Nasser Zefzazi, Shanewaz Chowdury, Aleksandra Skochilneko, Adolfo Campos, Gildo das Ruas, Pensador e Tanaice Neutro, que se encontram em perigo porque ousaram partilhar as suas opiniões, manifestaram-se de forma pacífica, mobilizaram pessoas ou partilharam informações em defesa da liberdade de todas as pessoas.
Conheça os casos destas pessoas que, por procurarem usufruir da sua liberdade, foram injustamente visadas.
Ajude-nos a protegê-las.
Artista afro-cubano e autodidata é apaixonado pela pintura e pela dança.
Foi acusado de “insultar símbolos nacionais” pelo uso da bandeira cubana na peça Drapeau, na qual ou usava a bandeira cubana ou a levava consigo 24 horas por dia durante um mês, e de “desordem pública” e “desprezo” por se juntar com outras pessoas numa manifestação a 4 de abril, onde cantaram “Patria y Vida” em público e entoaram “palavras ofensivas” contra o antigo presidente Raúl Castro.
Na prisão, a sua saúde tem-se deteriorado e não tem recebido cuidados médicos adequados. É também frequente negarem-lhe os seus direitos a visitas familiares e às chamadas telefónicas.
Apelamos a que:
– Seja libertado imediata e incondicionalmente e que lhe sejam retiradas todas as acusações;
– Até à sua libertação, seja garantido que não é vítima de maus-tratos, e que tem acesso a cuidados médicos adequados e a contacto regular com a família e advogados.
Dorgelesse é uma mulher empreendedora, cabeleireira e mãe solteira que sempre sonhou em ter o seu próprio salão de beleza.
No dia 22 de setembro de 2020, Dorgelesse foi à sua primeira e única manifestação em Douala. Sem ser politicamente ativa, as suas preocupações sobre o estado da economia do país motivaram-na a marcar presença. Pouco depois da manifestação começar, as forças de segurança usaram vários métodos para dispersar os manifestantes e algumas pessoas foram presas, Dorgelesse foi uma delas.
Está presa desde então. Foi acusada de “insurreição, reunião, encontros e manifestações públicas” e julgada num tribunal militar, numa clara violação ao artigo 14º do Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos, que os Camarões ratificaram (o artigo em questão indica que “todas as pessoas têm direito a que a sua causa seja ouvida equitativa e publicamente por um tribunal competente, independente e imparcial, estabelecido pela lei”) e condenada a cinco anos de prisão.
Apelamos a que:
– Seja imediatamente libertada para que se possa juntar à sua família, que depende dela para sobreviver.
Nasser Zefzafi levava uma vida pacífica com a sua família na região do Rif, no norte de Marrocos, apesar de esta ser uma região que se debate com dificuldades que perduram há décadas.
Em outubro de 2016, a morte de um vendedor de peixe, esmagado por um camião do lixo quando tentava recuperar o peixe que lhe foi confiscado pelas autoridades, motivou e inspirou várias manifestações pacíficas na cidade de Nasser, onde milhões de pessoas exigiam mudanças por parte das autoridades marroquinas.
Nos meses que se seguiram, as forças de segurança marroquinas prenderam centenas de manifestantes. No dia 29 de maio de 2017, Nasser foi detido por interromper um sermão numa mesquita e de ter acusado o Imã (líder religioso do Islão) de agir como porta-voz das autoridades marroquinas. Enquanto estava sob custódia da polícia, foi torturado e maltratado e, no dia 27 de junho de 2018, condenado a 20 anos de prisão, apenas por manifestar a sua opinião. Foi mantido em regime de solitária até 31 de agosto de 2018.
Apelamos a que:
– Nasser deve ser libertado imediata e incondicionalmente;
– Até à sua libertação, que não seja vítima de tortura e outros maus-tratos, e que tenha acesso aos cuidados médicos de que necessita na prisão.
Shahnewaz Chowdhury é um apaixonado pela escrita e é através dela que partilha as preocupações sobre as dificuldades que tantas pessoas enfrentam na região de Ba, região costeira, no sudeste do Bangladesh, muito vulnerável ao impacto das alterações climáticas.
Uma nova central de carvão na sua vila, que seria supostamente um ponto de viragem para o desenvolvimento da região deixou Shahnewaz apreensivo devido ao impacto ambiental que essa mudança provocaria e no dia 26 de maio de 2021, partilhou as suas preocupações no Facebook, com encorajando as pessoas a manifestarem-se.
A empresa responsável pela central de carvão apresentou queixa contra Shahnewaz, acusando-o de publicar informação falsa. Ao abrigo do Ato de Segurança Digital no Bangladesh, foi detido a 28 de maio de 2021 e no seu período de detenção, permaneceu em condições desumanas durante 80 dias e sem qualquer tipo de julgamento. No dia 16 de agosto de 2021, Shahnewaz acabou por sair sob fiança, mas, caso venha a ser condenado, arrisca-se a uma pena de prisão de mais de dez anos.
Apelamos a que:
– Sejam retiradas todas as acusações contra Shahnewaz Chowdhury;
– O governo do Bangladesh revogue ou altere a legislação em questão e outras leis nacionais de modo a que respeitem os padrões internacionais de direitos humanos relativos à liberdade de expressão.
Aleksandra Skochilenko é uma artista e ativista russa que, até abril de 2022, preenchia a sua vida com música e várias outras formas de arte, utilizando-as para combater o estigma das doenças mentais e para defender os direitos da comunidade LGBTI, fortemente reprimida no seu país.
Preocupada com a invasão russa da Ucrânia, Aleksandra decidiu agir. No dia 31 de março de 2022, substituiu as etiquetas dos preços de vários produtos num supermercado local em São Petersburgo por papéis com informações sobre o bombardeamento russo ao teatro de Mariupol, na Ucrânia, onde centenas de pessoas se abrigavam.
Foi detida e acusada de “disseminação pública de informação reconhecidamente falsa sobre o uso das Forças Armadas da Federação Russa” – um artigo no código penal introduzido pelo governo russo em março de 2022, por forma a impedir que a população russa criticasse a invasão à Ucrânia.
Presa em condições terríveis, a 16 de novembro de 2023 foi condenada a sete anos de prisão.
Apelamos a que:
– Aleksandra Skochilenko deve ser imediata e incondicionalmente libertada, com todas as acusações removidas;
– Até à sua libertação, deve ter acesso a condições que respeitam os padrões internacionais, e que lhe sejam garantidos os cuidados médicos de que necessita tendo em conta a sua condição médica;
– Deve ser protegida das ameaças de que é alvo por parte dos trabalhadores do centro de detenção, bem como das companheiras de cela.
Adolfo Campos, Hermenegildo Victor José (conhecido como Gildo das Ruas), Abraão Pedro Santos (conhecido como O filho da revolução – Pensador) e Gilson Moreira (conhecido como Tanaice Neutro) foram detidos a 16 de setembro de 2023, enquanto aguardavam para participar numa manifestação pacífica de solidariedade com os mototaxistas em Luanda, capital de Angola.
Apesar dos relatos de testemunhas e os vídeos divulgados mostrarem que, no momento da sua detenção, os ativistas estavam deitados no chão, sem resistir, a 19 de setembro de 2023, o tribunal distrital condenou-os a dois anos e cinco meses de prisão por “desobediência e resistência às ordens” e aplicou-lhes uma multa de 80 000 Kwanzas a cada um.
O advogado do caso apresentou um recurso e uma queixa contra a decisão, mas ambos foram ignorados pelo tribunal. A 31 de janeiro de 2024 foi apresentado um pedido de Habeas Corpus para os quatro ativistas, que até agora não produziu qualquer efeito.
Apelamos a que:
– As autoridades angolanas assegurem a libertação imediata de Adolfo Campos, Gildo das Ruas, Pensador, Tanaice Neutro e garantam que a sua condenação seja anulada respeitando o direito à liberdade de expressão, e parando a repressão de ativistas e defensores dos direitos humanos em Angola;
– As autoridades concedam a Adolfo e Tanaice acesso a cuidados de saúde adequados, incluindo, se necessário, fora da prisão enquanto aguardam liberdade.
Local: Lisboa
Horário:
1ª sessão: 10h às 11h20
2ª sessão: 11h40 às 13h
Reconhecendo o inigualável papel que a produção de mural e de cartazes teve no período pós-25 de Abril, e que acabaram também por ser uma imagem de marca da revolução, desafiámos os ilustradores Bina Tangerina, Catarina Sobral, João Fazenda, Marcos Martos e Susana Carvalhinhos a realizarem uma oficina para criar, em conjunto com os participantes, cartazes sob o mote da nossa campanha global “Protege a Liberdade”. Estes cartazes poderão ser usados no desfile do 25 de Abril em Lisboa ou guardados para recordar os últimos 50 anos vividos em liberdade.
Apaixonada por livros, técnicas de impressão, plantas e animais, nasceu nas Caldas da Rainha e estudou Artes Plásticas.
Desde pequena que gosta de desenhar e é cofundadora do Mago Studio, em Lisboa, um espaço dedicado à ilustração e risografia.
Ilustradora, escritora e realizadora de filmes de animação, nasceu em Coimbra e estudou design gráfico e ilustração.
Publicou o seu primeiro livro em 2011 e, desde então, já ilustrou vinte livros, tendo escrito catorze deles. Recebeu o Prémio Internacional de Ilustração da prestigiada Feira de Bolonha em 2014 e a Menção Especial do Prémio Nacional de Ilustração em 2017.
Adora brincar com a relação entre o texto e a imagem, embora não se limite a um único meio, tentando encontrar a melhor abordagem para cada projeto. Já realizou duas curtas-metragens de animação e escreveu e dirigiu uma peça de teatro para crianças.
Nasceu em Lisboa, cidade onde vive e trabalha atualmente, depois de uma década a viver em Londres. Divide-se entre o desenho, a animação, a banda desenhada e a pintura. Estudou Design Gráfico, formou-se em Pintura e é atualmente professor de ilustração na FBAUL.
Trabalha regularmente como ilustrador para a imprensa nacional e internacional (Expresso, The New Yorker, The New York Times, entre outros), ilustra livros para todas as idades, capas de livros e discos, cartazes de cinema e campanhas institucionais, tendo também realizado curtas-metragens de animação.
Venceu em 2015 o Prémio Nacional de Ilustração e o World Illustration Awards, na categoria de livros; em 2018, o Prémio de Ilustração BIG – Bienal de Ilustração de Guimarães; e teve ainda distinções da Society of Illustrators NY, Society of News Design, Communication Arts e American Illustration, entre outras.
Nascido no sul de Espanha, vive em Lisboa, onde encontrou o seu lugar como criativo na ilustração.
Combinando a ilustração com várias técnicas de impressão, faz parte do projeto Mago Studio, juntamente com Bina Tangerina, onde exploram a impressão em risografia.
Nascida em Lisboa, cidade onde vive e trabalha atualmente, estudou banda desenhada e ilustração e foi nesta área que viu os seus primeiros desenhos passarem para uma banda desenhada.
Desenvolve trabalhos em ilustração, banda desenhada e cerâmica, tanto em Portugal como no estrangeiro e tem participado em várias exposições coletivas.
Ilustrações coloridas e com um forte contraste, forma femininas e fluídas, caracterizam o seu trabalho.
Local: Lisboa – Avenida da Liberdade (cruzamento com a Rua Barata Salgueiro)
Horário: 15h às 19h
Num espaço dedicado a proteger a liberdade, venha apoiar e defender a liberdade de pessoas que se encontram em risco porque ousaram manifestar-se pacificamente, dar a sua opinião, mobilizar pessoas ou partilhar informações em defesa da liberdade de todas as pessoas.
Juntos podemos fazer a diferença e trabalhar para devolver a liberdade a estas pessoas!
Esperamos por si aqui.
Local: Praça da República
Horário: 15h
Participação no tradicional desfile do 25 de Abril e distribuição de cravos com etiquetas com informação relativa aos indivíduos em risco.
Local: Praça do Pelourinho (Praça Luís de Camões)
Horário: 10h30
Distribuição de cravos e instalação artística com cravos e cartazes da campanha Protege a Liberdade. Banca para as crianças criarem desenhos e mensagens livremente.
Local: Mercado Municipal
Horário: 16h
Desfile 25 de Abril com distribuição de cravos com etiquetas com informação relativa aos indivíduos em risco.
Local:
Politécnico de Viseu, Auditório Aula Magna
(Av. Cor. José Maria Vale de Andrade)
Horário: 16h30
Concerto juvenil pelos 50 anos do 25 de Abril, com distribuição de cravos com as etiquetas dos casos dos indivíduos em risco.
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