6 Agosto 2013

Desde segunda-feira, 5 de agosto, que o Secretário-geral da Amnistia Internacional se encontra no Brasil, para uma visita de Alto Nível que durará toda a semana.

“Dado o forte compromisso, anunciado pelo povo e pelo governo do Brasil, de assegurar todos os direitos humanos a todos os brasileiros e a importância crescente do país no cenário internacional, é imperativo que sejam dados passos concretos para melhorar o estado dos direitos humanos no país”, considera Salil Shetty, antes da partida.

A ordem de trabalhos começa com a violência policial, que tem sido notícia nas últimas semanas, uma vez que, segundo as Nações Unidas, mais de 2.000 pessoas são todos os anos assassinadas pela polícia no Brasil. Em reuniões com a sociedade civil, Salil Shetty analisa os casos de violência policial nos protestos que decorreram em São Paulo, no Rio de Janeiro e noutras cidades brasileiras e a forma como as forças policiais atuam nas favelas.

O segundo em foco na agenda do Secretário-geral são os direitos dos povos indígenas. Refira-se que o Brasil é lar de 900.000 indígenas (Censo 2010). Salil Shetty visita a aldeia dos Guarani-Kaiowá, no estado do Mato Grosso do Sul, pelos quais a Amnistia Internacional tem atuado nos últimos anos. “Embora os direitos dos povos indígenas estejam salvaguardados pela lei internacional e pela Constituição brasileira, décadas de adiamento da questão da demarcação de terras ancestrais levou ao agravar de conflitos, colocando vidas em risco”, alerta Salil Shetty.

A visita inclui ainda audiências com políticos e elementos do governo.

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