12 Fevereiro 2016

 

As forças da NATO que estão prestes a começar a operar no mar Egeu têm de agir de acordo com a lei internacional, levando a cabo missões de busca e salvamento de pessoas que se encontrem em dificuldades nas águas e não forçar ilegalmente os refugiados a voltarem para trás para a Turquia, sustenta a Amnistia Internacional.

“Centenas de refugiados, incluindo muitas crianças, morreram já este ano na tentativa da perigosa viagem de travessia do Egeu. Quaisquer navios da NATO que detetem barcos em dificuldades têm de prestar assistência imediata para salvar vidas”, frisa a diretora do Gabinete de Instituições Europeias da Amnistia Internacional, Iverna McGowan.

A perita alerta que “as forças da NATO não podem de forma nenhuma tornar-se em mais uma barreira entre os refugiados e a proteção internacional a que têm legalmente direito”. “Intercetar refugiados que tentam chegar à Europa e forçá-los a regressarem à Turquia – onde 2,5 milhões estão já acolhidos – seria uma grave violação do seu direito a requerer asilo e violaria a lei internacional”, prossegue.

A Europa deve prontamente pôr em marcha e expandir a escala dos planos de reinstalação de refugiados que se encontram na Turquia. Disponibilizar alternativas legais e seguras é a única medida propensa a dissuadir as pessoas de encetarem as perigosas e irregulares travessias por mar.

A NATO anunciou esta quinta-feira, 11 de fevereiro, que vai enviar três navios para o mar Egeu com o propósito de ajudar “a conter o fluxo” de refugiados e migrantes que chegam à Europa, e que vai desenvolver operações de vigilância dos traficantes de pessoas, das redes criminosas e das travessias irregulares para a Grécia.

 

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