17 Fevereiro 2016

A Amnistia Internacional Portugal entregou esta quarta-feira, 17 de fevereiro, na embaixada do México em Lisboa, 36 006 petições assinadas em Portugal, durante a Maratona de Cartas, em defesa de Yecenia Armenta, condenada à prisão naquele país com base numa “confissão” extraída sob tortura brutal.

Nesta entrega, a presidente da Direção da Amnistia Internacional Portugal, Susana C. Gaspar, e a coordenadora de Campanhas, Ana Monteiro, foram recebidas pela segunda secretária e encarregada dos assuntos consulares da embaixada mexicana, Abigail Calleja.

A petição em defesa de Yecenia Armenta, integrada na campanha global anual Maratona de Cartas, exorta as autoridades mexicanas a retirarem todas as acusações formuladas e a libertarem esta mulher prontamente e de forma incondicional, assim como a investigar as denúncias de tortura e a responsabilizar judicialmente os torturadores. Yecenia Armenta está há três anos na prisão, tendo as autoridades a acusado de ordenar a morte do marido, um crime que sustenta não ter cometido.

Foi acusada e condenada sem quaisquer provas, com base apenas na “confissão” que fez após passar por 15 horas de tortura brutal: suspensa pelos tornozelos de pernas para o ar, sufocada, espancada e violada. Os polícias ameaçaram-na também de deter os filhos, “violá-los e cortá-los em pedaços”. “Após muitas horas de tortura e depois de me terem violado, assinei a confissão. Continuava vendada. Nunca li o que assinei”, contou aos investigadores da Amnistia Internacional.

No conjunto dos quatro casos adotados em Portugal na Maratona de Cartas de 2015, a Amnistia Internacional recolheu mais de 167 mil petições assinadas, com a participação de 171 escolas, 31 grupos, ativistas e apoiantes da organização de direitos humanos.

 

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