1 Julho 2013

A subida de Mohamed Morsi ao poder, no Egito, aconteceu há precisamente um ano. A escolha do novo presidente, feita através de eleições democráticas, deveria ter marcado o início de uma nova fase para o Egito, após as revoltas que terminaram com décadas de governação autocrática por parte do antigo líder, Hosni Mubarak.

Um ano depois, no entanto, a comunidade internacional e organizações como a Amnistia Internacional observam que, apesar das mudanças, o Egito ainda precisa de resolver várias questões relacionadas com a proteção dos direitos humanos dos seus cidadãos.

Ao longo dos últimos 12 meses:

• As autoridades continuaram a aplicar táticas usadas durante a era de Mubarak, incluindo o uso excessivo da força pela polícia contra manifestantes;
• Continuaram as restrições à liberdade de expressão;
• Permaneceu a violência contra as mulheres, que se mantêm afastadas das novas instituições políticas;
• Não foram iniciadas quaisquer reformas legais ou políticas para acabar com a tortura;
• A violência sectária contra muçulmanos xiitas e contra a comunidade cristã continua a ser recorrente;
• Julgamentos militares ainda são aplicados a civis;
• A nova Constituição não proíbe explicitamente a discriminação com base no género ou na etnia, o que prejudica sobretudo as mulheres e as minorias no país.

Artigos Relacionados