5 Agosto 2013

“Ao condenar 25 polícias da Rota, tropa de elite da Policia Militar de São Paulo, a Justiça brasileira dá um passo importante para enfrentar a impunidade da violência policial”, refere o escritório do Brasil da Amnistia Internacional, em Nota Pública.

A decisão histórica foi conhecida no fim-de-semana (3 de agosto) e condena a 624 anos de prisão cada um dos 25 polícias militares considerados culpados pela morte de 52 presos da cadeia de Carandiru, no estado de São Paulo. O massacre ocorreu a 2 de outubro de 1992.

Mais de duas décadas depois dos acontecimentos, “este resultado é um passo importante na garantia de justiça para as vítimas, para os seus familiares e para os sobreviventes do Carandiru”, continua a Amnistia Internacional.

Seria também importante a “responsabilização das altas autoridades do Estado de São Paulo à época do massacre, como o governador e o secretário de segurança”, mas o resultado do julgamento é, só por si, “um marco histórico na luta contra a impunidade de crimes cometidos por agentes do Estado, num momento em que o Brasil volta a discutir o papel da segurança pública na democracia e a necessidade de uma reforma ampla da polícia”, conclui a Nota Pública.

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