6 Junho 2014

Mais de 125 mil pessoas em todo o mundo juntaram-se a uma só voz, dando as suas assinaturas à petição da campanha O Meu Corpo, os Meus Direitos em defesa das mulheres no Nepal, país onde se registam taxas elevadíssimas de incidência do prolapso uterino, uma condição profundamente limitativa e dolorosa resultante de esforços físicos muito pesados e partos sucessivos, em idades muito jovens e com deficiente assistência médica.

Estas 125.156 assinaturas, recolhidas em mais de 20 países, foram entregues a 23 de maio nas mãos do chefe de gabinete do primeiro-ministro nepalês, Sushil Koirala. A petição promovida globalmente pela Amnistia Internacional insta as autoridades do Nepal a reconhecerem que o prolapso uterino constitui uma violação dos direitos sexuais e reprodutivos, e a avançarem com medidas que permitam resolver esta situação que afeta mais de 1.3 milhões de nepalesas (cerca de 10% da população do sexo feminino no país).

Para a organização de direitos humanos é crucial que o Governo nepalês assuma o compromisso político de dar solução a esta questão de saúde, o que passa necessariamente por encontrar respostas que ponham fim à entrincheirada discriminação de género no Nepal que retira a raparigas e mulheres o direito de controlo sobre os seus próprios corpos e a sua saúde.

A Amnistia Internacional agradece a todos quantos assinaram a petição em defesa das mulheres nepalesas que sofrem ou estão em risco de sofrer daquela debilitante condição clínica.

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