11 Outubro 2013

“É um digno vencedor e uma opção que reafirma os princípios internacionais contra o uso de armas químicas e outras armas proibidas que causam um sofrimento incalculável”.

A declaração é de Salil Shetty, Secretário-geral da Amnistia Internacional, na altura em que é anunciada a atribuição do Prémio Nobel da Paz à Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) – na imagem, o seu diretor-geral, Ahmet Üzümcü.

O responsável da Amnistia acredita que o prémio “é um aviso oportuno para todos os governos e para todos os que lutam em conflitos armados, lembrando que as guerras têm regras que devem ser respeitadas”.

Entre elas está a proibição do uso de armas químicas, decretada por uma Convenção que entrou em vigor em 1997. Desde então que cabe à OPAQ implementar o documento internacional, seja através de inspeções, da destruição de armas ou outros meios.

Salil Shetty comenta ainda o conflito na Síria, país onde a Organização vencedora tem nove meses para destruir todas as armas químicas. “O acordo alcançado recentemente na Síria foi, naturalmente, um passo positivo para remover as armas químicas do campo de batalha, mas não podemos esquecer a enormidade que representa a crise de direitos humanos que acontece no país”.

Por isso, é importante ir mais longe e responsabilizar os culpados “pelos crimes de guerra que continuam a acontecer no país, incluindo os horríficos ataques com armas químicas”. O Secretário-geral da Amnistia espera que o anúncio de hoje incentive a comunidade internacional a fazer isso mesmo e a pôr fim às violações em massa que são cometidas por todas as partes em conflito.

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