3 Setembro 2013

Numa recente reunião do Conselho da União Europeia, os ministros dos Negócios Estrangeiros decidiram decretar um embargo à venda de armas para o Egito, onde atualmente se vive uma situação de grande instabilidade política.

“Os estados membros decidiram suspender as licenças de exportação para o Egito de qualquer equipamento que possa ser usado para fins de repressão interna, reavaliar as licenças de exportação de equipamentos abrangidos pela Posição Comum 2008/944/PESC e rever a assistência que prestam ao Egito em matéria de segurança”, pode ler-se no ponto 8 do documento oficial da reunião de 21 de agosto.

Esta resposta da União Europeia seguiu-se à intervenção estratégica da Amnistia Internacional relativamente aos confrontos violentos no Egito. A organização realizou uma investigação ao armamento que estava a ser transferido para o país, apelou ao fim dessas transferências e fez ações de lóbi junto da União Europeia antes da reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros.

Através da investigação realizada, a Amnistia Internacional concluiu que a Alemanha, China, Chipre, Espanha, EUA, França, Itália, República Checa, Sérvia, Suíça e Turquia foram alguns dos países que exportaram armas e munições usadas durante as violentas repressões no Egito.

Em resposta ao apelo da Amnistia Internacional, a República Checa anunciou o cancelamento do envio de 50 mil pistolas de polícia para o Egito; a Espanha suspendeu a venda de material militar ao país, incluindo aviões militares; e o Reino Unido suspendeu 49 licenças de exportação de equipamentos de comunicação, peças de helicóptero e munições.

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