13 Maio 2013

A condenação do ex-presidente da Guatemala a 80 anos de prisão, esta sexta-feira, 10 de maio, foi considerada pela Amnistia Internacional um passo importante na luta histórica do país por justiça.

O General Efraín Ríos Montt foi condenado por genocídio e crimes contra a humanidade cometidos durante o mandato como presidente, de 1982 a 1983.

“Esta condenação é um exemplo numa região onde a impunidade para os crimes do passado é comum”, refere Sebastian Elgueta, investigador da Amnistia Internacional para a Guatemala. “O país deve aproveitar este momento histórico e assegurar que todos os que cometeram homicídios, tortura, violações ou desaparecimentos forçados são levados à justiça”.

Efraín Ríos Montt foi responsável por 1.771 mortes e pelo deslocamento forçado de dezenas de milhares de pessoas. Atualmente, apesar das tentativas de responsabilização, as forças armadas da Guatemala continuam a não cooperar com investigações sobre os crimes e violações dos direitos humanos cometidos durante o conflito.

O conflito armado na Guatemala durou de 1960 a 1996 e resultou na morte e desaparecimento de mais de 200 mil pessoas, cerca de 80% delas de ascendência indígena maia. O conflito interno terminou em 1996 com a assinatura de um acordo de paz.

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